Já falei neste lindo blog que a América LatRina, ou seja, NÓS, adoramos essa doença chamada POPULISMO. É a mais pura verdade. É uma doença grave, poderosa e que vem ganhando campo desde o caudilhismo de Getulio Vargas, passando pela mediocridade de João Goulart, pelo Brizolismo e agora se assentando no populismo tácito de Lula, Kirshner, Uribes, Fidel, Moralez e principalmente pelo patife Chavez.
O maior caminho para a corrupção, caro leitor, é o populismo. É onde começa o poder centralizado e onde a corrupção corre solta.
Há alguns anos, 3 escritores latinos - Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa - escreveram um dos maiores tratados sobre a idiotia latino-americana: "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano":
"Acredita que somos pobres porque eles são ricos e vice-versa, que a história é uma bem-sucedida conspiração dos maus contra os bons, onde aqueles sempre ganham e nós sempre perdemos (em todos os casos, está entre as pobres vítimas e os bons perdedores), não se constrange em navegar no espaço cibernético, sentir-se on line e (sem perceber a contradição) abominar o consumismo. Quando fala de cultura, ergue a seguinte bandeira: “O que sei, aprendi na vida, não em livros; por isso, minha cultura não é livresca, mas vital.” É o idiota latino-americano."
Intencionalmente polêmico, o livro traça, com humor ferino, o perfil do sujeito que freqüentou universidade e, depois, passou a militar nos sindicatos, nos partidos, nas ongs e outras associações que se dizem sociais. De quebra, destrói impiedosamente essa galeria de mitos revolucionários e heróis populistas que infestaram - e ainda infestam - os países latinos.
Pois bem, para mim a idiotia latino-americana é deliberada e de livre-escolha. É adotada conscientemente por preguiça intelectual, apatia ética e oportunismo civil. É ideológica e política, mas acima de tudo frívola, pois revela uma abdicação da faculdade de pensar por conta própria, de cotejar as palavras com os fatos que pretendem descrever, de questionar a retórica que faz as vezes de pensamento.
Não parece uma descrição fiel da intelectualidade brasileira que se diz “esquerdista”?
O idiota latino tem sempre uma biblioteca política. Afinal, é bom leitor, ainda que só leia livros ruins. “Não lê da esquerda para a direita” – escarnecem os autores -, “como os ocidentais, nem da direita para esquerda, como os orientais. Dá um jeito para ler da esquerda para a esquerda. Pratica a endogamia e o incesto ideológico.”
Mas o que lê o nosso idiota? De cara posso citar a bíblia da idiotia: As veias abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, que tem devastado cabeças desde os anos 70. Ainda é levado a sério por muita gente e recomendado a alunos por professores idiotas. As outras obras são: A História me absolverá, do velho genocida desmiolado Fidel Castro; Os condenados da Terra, de Frantz Fanon; A guerra de guerrilhas, de Ernesto (Che) Guevara; o onipresente Os conceitos elementares do materialismo histórico, de Marta Harnecker; O homem unidimensional, de Herbert Marcuse (um ataque à “civilização industrial”); Para ler o Pato Donald, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart (obrigatório nas escolinhas de comunicação nos anos 70); e Para uma teologia da libertação, de Gustavo Gutiérrez.
Dois brasileiros contribuem para a formação do idiota latino-americano: Fernando Henrique Cardoso que, com Enzo Faletto, escreveu Dependência e desenvolvimento na América Latina (que dividiu o mundo entre “centro” e “periferia”), e Frei Betto, apóstolo da teologia da libertação no Brasil e “conselheiro espiritual” do presidente Lula. FHC, como se sabe, tomou o rumo da civilização; já o frei continua escrevendo idiotices nos jornais (exemplos: "Cuba é o único país onde a palavra dignidade tem sentido"; "Em nossos países se nasce para morrer. Em Cuba, não!"). E por aí vai.
Manual do perfeito idiota latino-americano foi lançado em 1996 e traduzido pela Bertrand Brasil, do Rio de Janeiro (está na 5a. edição, de 2005). Vale a pena a ler. Mas, não nos enganemos, há os irredutíveis, aqueles que jamais abandonarão a condição de eternos idiotas.
Nessas épocas de crise mundial muito cuidado com a idiotada: são nestes tempos aperecem os famosos "heróis" destemidos prometendo mundos e fundos e culpando alguém pelo enorme estrago nacional. Vide a carniceira de peixaria Heloisa Helena e o malandro-agulha Cyro Garcia. De olho nesta idiotada.